RELATOS DA MADRUGADA: A Bonequinha

Este Relato veio do Orkut.

A pessoa responsável pelo relato a ouviu de terceiros. Trata-se de um Relato sobre Objetos Amaldiçoados que causaram grandes transtornos à uma família, especialmente a uma criança.

Para todos os efeitos, chamarei esta criança de Diana.

Diana, hoje uma jovem adulta, relata que em certo dia durante sua infância foi com seus pais a um Bazar Beneficente em um Centro Espírita convidados por um parente. 

Comeram churrasco, beberam refrigerantes e Diana viu numa barraquinha de antiguidades uma linda e antiga bonequinha de porcelana ainda em bom estado. Foi amor à primeira vista.

Ao chegar em casa Diana brincou exaustivamente com a nova boneca até que o sono a dominou e ela foi dormir, colocando a boneca sobre uma cômoda em seu quarto.

Durante a madrugada aconteceu algo que marcaria para sempre a vida da pequena Diana.

Chamavam seu nome. Diana acordou ouvindo seu nome sendo chamado por crianças e ao abrir os olhos deparou-se com um casal de crianças próximos a sua idade e eles a chamavam para brincar com eles. Diana se recusou a sair da cama o que causou uma grande algazarra entre as crianças que corriam, gritavam e brincavam pela casa fazendo com que Diana não conseguisse pregar os olhos durante a noite.

Ao amanhecer, exausta e sem dormir, Diana começou a pensar que talvez aquilo tivesse sido um pesadelo. Até que a noite chegou e novamente as crianças estavam lá chamando seu nome na escuridão, pedindo que ela brincasse com eles.

Desta vez Diana correu até o quarto de seus pais, porém as crianças chegaram antes e taparam seus ouvidos. Ela gritava a plenos pulmões e seus pais dormiam tranquilamente enquanto aqueles crianças, que pareciam tão reais quanto elas riam do pavor e lágrimas da pequena garota.

Os dias foram passando e os pais de Diana notaram que a garota estava com enormes olheiras, sonolência e que seu desempenho na escola caía vertiginosamente. Nem mesmo a amada boneca parecia lhe interessar. Diana era o retrato da apatia. Finalmente, após certo tempo e após notarem a piora física e mental da menina, seus pais resolveram conversar francamente com a garota para tentar descobrir o que estava acontecendo.

Diana abriu o jogo porém seus pais acharam que tratava-se apenas de um pesadelo ou que a garota pudesse ser vítima de pavores noturnos. Levaram-na a psicólogos porém os sintomas de cansaço e tristeza da menina apenas pioravam. Ela já começava a perder peso.

Num dia, durante as férias, uma tia da menina durante uma visita notou o estado lamentável no qual a sobrinha se encontrava e resolveu conversar ouvindo todo o relato sobre as crianças que não a deixavam dormir durante a noite.

A tia era espiritualista fortemente vinculada a Igreja Católica e sugeriu à família que pedissem a um padre que benzesse a casa. Após uma breve resistência do casal, optaram por seguir o conselho para assim, talvez, dar um pouco de paz à sua debilitada filha. No final de semana seguinte um padre da Paróquia local foi até a casa abençoá-la.

Ao entrar ele conversou um pouco com os familiares, a garota, colocou a estola e começou a realizar orações enquanto espirrava água benta pela casa.

Chegaram ao quarto da menina e ao jogar água benta na boneca, a mesma pareceu ser arremessada violentamente do cômodo deixando todos em choque.

O Padre sugeriu que boneca fosse incinerada. Com a boneca fora de casa ele terminou de abençoar o local. Os pais de Diana seguiram o conselho e queimaram a boneca até que não sobrasse mais do que cinzas que foram dispensadas no lixo do dia seguinte.

As crianças nunca mais apareceram e Diana se recuperou tornando-se uma jovem sadia e cheia de vida.