O Facão

NOTA: Nomes omitidos por questões de privacidade 

Este relato me foi passado uma amiga minha, que chamarei de M. M. Hoje vive em minha cidade, no litoral do Rio, mas originalmente vem de uma pequena cidade do litoral de São Paulo. 

Antes de mais nada, devo dizer que, ambos, somos ateus e não cremos na vida após a morte. Portanto, não haveria motivo para que ela me houvesse inventado este caso, ou eu estivesse inventando algo. 

Tudo o que vou contar ocorreu exatamente como ela me contou, e esta, por sua vez, ouviu\presenciou o acontecido com um ex-namorado. Este vivia com a mãe na época, e era órfão de pai já há alguns anos. A mãe soube seguir em frente, e namorava um homem da região. M. Contou-me que tinham uma boa situação financeira, e estavam, na época, reformando a casa. 

Acontecia que havia muito mato na região e no terreno, e haviam utensílios de capinagem na casa. Entre estes, havia um facão que havia pertencido ao falecido pai do menino. M. Contou-me que, na época, eles costumavam beber até a embriaguez com os amigos, e brincar de acertar o facão em tábuas de madeira, entre brincadeiras não-recomendadas principalmente quando se está bêbado. Bem, o fato é que havia uma obra na casa na época, e os pedreiros reclamavam de ‘algo’ nos fundos da
casa. Algo que sempre corria para os fundos quando era percebido, sempre pela visão periférica, o famoso ‘canto’ do olho. Além disso, parecia haver a sensação de que algo não estava satisfeito com a obra e a presença de tanta gente ali. Os trabalhadores reclamaram algumas vezes, mas a dona da casa costumava fazer pouco das queixas, acusando-os de medrosos. Vale destacar que, antes disso, que M. saiba, nunca nada de estranho havia ocorrido ali. Mas então, coisas ainda mais estranhas começaram a ocorrer.

Algum tempo depois, coisa de uma semana e meia ou menos, os pedreiros ouviram o som de algo metálico caindo no telhado. Foram procurar, e, facilmente, encontraram o facão numa das calhas. 

Acharam estranho, claro. O problema é que, depois de encontrado e devolvido ao seu lugar entre as ferramentas, o facão tinha a mania de ‘visitar’ lugares. Aparecia sobre os tijolos que seriam usados na obra, caía no chão do telhado, ou mesmo no telhado como na primeira vez, a um nível que os trabalhadores ameaçaram demissão. A dona da casa, então, pediu ao namorado que se livrasse do facão. Este, com testemunhas, lançou o facão no rio que passava na cidade. E os trabalhos retornaram ao normal. 

Um dia depois, entrando com alguns dos homens em casa, a dona abriu a porta da frente, e se deparou com o facão. Cravado. No sofá. E de quebra, com símbolos estranhos desenhados no chão. Ela contou que os símbolos não eram nada como ‘pentagramas’, mas sim, símbolos difíceis de se definir, aleatórios, mesmo. 

M. não sabe o que foi feito do facão. Sabe, entretanto, que depois daquilo, os pedreiros desistiram de trabalhar ali. Coisa de ano depois, entretanto, a obra foi feita. 

Qual poderia ser a razão de tais acontecimentos? 

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